História do vidro 02 – Murano:

História do vidro 02 – Murano:

Na aula de história de hoje, vamos abordar um período importante na trajetória do vidro. Esse período ocorreu lá pelos anos 100 a.C., o auge das técnicas de fabricação do vidro até então, com o uso do supro dentro de moldes e produção em série.

Retomamos este ponto da história para aprofundar o que aconteceu após os repetidos incêndios em Veneza, provocados pelos fornos de vidro da época. Os acidentes afetaram gravemente a indústria vidreira, que se desenvolvia inovando as receitas e métodos de produção, mas a crise fez com que as fábricas mudassem sua localização, indo para a ilha próxima chamada Murano, que já era um conhecido porto comercial.

Foi na ilha que começou a produção de vidros em diversas cores, o “millefiori”, uma revolução até então, e a fama de seus cristais e espelhos seguem em alta, fazendo de Murano centro de fabricação de elite da Europa e até hoje, destino obrigatório para turistas e amantes de arte em vidro e de joalheria.

Em Murano também surgiram o “cristallo”, vidro com a maior transparência atingida até então, material considerado o melhor tipo de vidro do mundo; O “lattimo”, um antecessor da porcelana; O “aventurine”, vidro com rajadas douradas; O avermelhado “corneliano“ e a máxima qualidade em fabricação de espelhos.

O segredo do sucesso do vidro italiano, era a adição de soda cáustica após o derretimento da areia. Esse processo deixava o vidro mais claro, leve e fácil de manusear, podendo ser moldado com formas diferentes.

Essas técnicas eram protegidas a tal ponto de ser necessário vigiar e confinar os artesões, que não poderiam sair da ilha, sendo castigados aqueles que tentavam fugir e sua família, a pena era a morte. Ainda assim, alguns fugiam levando os segredos do vidro Murano e enriqueciam em outros países.